Este Blog surgiu para compartilharmos os ensinamentos do Yoga e os pensamentos dos Mestres do Yoga Integral. "O Yoga Integral de Sri Aurobindo", porque, como ele dizia,"Toda vida é Yoga"-"Este Yoga significa não somente a realização de Deus, mas uma completa consagração e mudança das vidas interior e exterior, até que estejam preparadas para manifestar uma consciência divina e tornar-se parte do trabalho divino." (Sementes Divinas Sri Aurobindo)
sábado, 23 de abril de 2011
quinta-feira, 21 de abril de 2011
A Graça Divina
sábado, 16 de abril de 2011
A Genesis de Super Homem – Sat Prem
Há um homem que caminha pela avenida, que sobe e desce mil vezes a mesma rua e que rumina e rumina mil pensamentos, os quais possivelmente, não tem a menor importância e nem irão resolver a dor e o desejo.. Porém onde está o que não passa? O Habitante desta morada?
Nesta avenida se produz uma asfixia.... neste turbilhão o homem precisa respirar.... e este homem para e olha... e então surge alguém de dentro deste homem, que reconhece: Há um sopro que refresca tudo! Algo como uma clarabóia se abre... um único instante habitado!
Mas logo isto passa e a mecânica começa de novo.
Porém se esse homem se dá conta disso, percebe este frescor, este claridade, este ar que circula, este outro ritmo, este outro som, este não sei que... se sente preenchido por esta outra realidade e fica atento e quer que esta sensação retorne outras vezes... A partir daí a asfixia se torna mais aguda e ele tem necessidade desta “outra coisa”.
Começamos a entrar no caminho Soleado.
“Agora os vagos terrenos, agora o silêncio...
Um muro negro!!!
E detrás, o céu.”
Algo em nós incomoda, algo grita, algo pede: estamos convocando uma porta desconhecida.
Algo em nós sabe: É este lugar de união... o ponto de Transmutação.
A compreensão interna do grande processo com o qual estamos todos comprometidos.
Mas não pode estar aqui.... esbravejamos! E o coração aperta.
Neste mundo escuro e cheio de obstáculos?! Temos que sair disto custe o que custar... está lá.. em algum outro lugar, em cima... talvez...
Um formidável erro perder nossa ferramenta... é este incomodo que nos impulsiona a busca.
Talvez, depois de tudo, a meta está aqui mesmo nesta densidade, nesta obscuridade, que só é densa e obscura porque não as sabemos olhar.
É um caminho novo a trilhar e enquanto trilhamos, fazemos o caminho!
Colocamos-nos a buscar um EU em toda esta mecânica: por dentro e por fora, tínhamos necessidade de algo que não fosse esta soma genética, essa ficção legal, esse “curriculum vitae”, que é como um currículo de morte; essa soma de nossos atos e nossos gestos, cujo total é nulo ou em perpétua esperança de algo que nunca vem, essa existência superficial que escorre sem cessar sobre os nossos passos, e que corre atrás de outras ondas, que é somente a repetição mais ou menos afortunada da mesma história, de um mesmo programa enganchado com os cromossomos dos pais, dos estudos, das formações e deformações – tínhamos necessidade de algo que não fosse esta carteira que colocamos debaixo do braço estes instrumentos, estes sentimentos, estes pensamentos ... que nos deixam sempre igual e sós em nossa pequena ilha do EU, que não é EU, que é um milhão de coisas unidas de fora, do entorno, de cima e debaixo pela vida, pelos, seres, pelo mundo..
Mas onde estou EU?
Quem sou EU aqui dentro, onde estou?
E esta pergunta se tornou tão sufocante .... que vimos crescer uma CHAMA de NECSSIDADE... que gritava em nós a medida que a escuridão pesava em nós e ao nosso redor!
E lentamente vimos surgir pequenos sinais intermitentes, vagos indícios... e quanto mais crescia, mais nos chamava...
E olhamos detidamente para a esquerda e para a direita:
Onde estou EU, nisto tudo? Quem sou EU?
Deixamos cair nossa “fortaleza” e entramos em outra corrente que parece inesgotável, um tesouro que se propaga despreocupadamente... e deixa entrever, de vez em quando, em um segundo, uma inesperada maravilha, uma liberdade súbita.... como se houvéssemos passado para outro sistema solar.... nos desprendendo dos limites mecânicos de dentro e de fora.
Que outra lógica é essa? Que outro ritmo é esse? Que regras são essas, que nos permitirão realizar conscientemente este estado dentro e fora da nossa vida?
Uma misteriosa e pequena vibração que vem interpor-se entre nós e nossos atos mecânicos, que tem o poder de dar forma de outra maneira ao gesto e ao resultado do gesto: um princípio não material se põe sub-repticiamente a mudar a matéria.
Era olhar com uma diferença e tudo estava nesta diferença.
Tudo é bom para o buscador do mundo novo, tudo é terreno de estudo.... tudo está dado para que se aprenda o ofício.
1ª regra do passo: tudo vai em direção ao sentido... tudo empurra para o descobrimento.
Atitude que faz surgir a consciência nova: sair da engrenagem e viver nesta extensão de detrás ... uma distância com “nós outro mesmo”
E quanto mais saímos da engrenagem, mais este EU parece estender-se... como se não dependesse mais dos sentidos ... é um EU inumerável.
Como desenterrar esta nova consciência, além do prisma dessa mecânica feita de milhões de hábitos ... que de uma maneira geral, teve que assegurar sua precária vida solidificando-a em uma carapaça do Eu individual e coletivo?
Os olhos – os verdadeiros olhos – que trará o poder de sair deste malefício mental – estamos constantemente retificando o mundo – é o olhar que não tenta saber e nem compreender nada deixa-se tomar por este infinito tranqüilo, fluido... até que emerge um percepção da coisa vista, que não é um pensamento, nem um juízo, apenas uma sensação, o conteúdo, seu modo e qualidade de ser particular, sua música interna, sua relação com o grande Ritmo.
Então o buscador do mundo novo verá como uma chispa de verdade pura no coração da coisa, de cada rosto, de cada circunstância...um grito do ser verdadeiro!
2ª regra do passo: o maior e mais simples de todos os segredos: olha a verdade que está por todas as partes.
O buscador se coloca pasmado diante de fatos sem relação aparente.
Um mundo novo é o descobrimento de novas relações.
Nossa era é a era de transformar a matéria por este poder sutil, ou melhor, talvez se trate de fazer revelar o próprio poder da verdade que ele contém.
Não há receita, nem manual de instrução... há que caminhar, tropeçar e seguir caminhando, até que surge um pequeno “AH” que acaba com milhões de angústia.
Temos saído de nosso pequeno claro atropelados de novo pela mecânica – pela dor, pelo Eu de dor e tudo muda sub-repticiamente... até de forma abrupta.... talvez por um ligeiro deslize no velho costume de estar sob um peso de ansiedade, um obscurecimento sem razão aparente, uma perda do raio claro. E tudo se põe em desordem, nada sintoniza, nada coincidem, os gestos são equivocados, o pé torce na escada: voltamos a recair em uma espécie de esforço pesado como se estivéssemos empurrando o muro.
Depois paramos um instante, fazemos silêncio, damos um passo atrás .... e tudo se areja, se distende e o muro cai!
Voltamos a pousar o pé no grande espaço... e imperceptivelmente, todas as circunstâncias se põem em um outro sentido... às vezes como uma ordem milagrosa!
.. e tontos e encantados, percebemos que tudo parece seguir outra lei e tudo se revela!
Basta apenas dizer: “É assim” e a circunstância vem a ser exatamente como a vimos nesse segundo... como se houvesse uma consciência perfeita e instantânea entre a matéria e este olhar, onde tudo se torna possível.
O buscador tem experimentado... uma espécie de broto espontâneo vindo do interior.
3ª regra de ouro do passo: o de dentro para fora.
SIM. Temos necessidade de outra coisa. O verdadeiro EU.
E através de um raio de verdade que não se detém ante nenhuma aparência e navega longe, longe por toda parte, captando a mesma freqüência de verdade de todas as coisas, todos os seres por um olhar diferenciado, trazendo uma nova visão. O caminhante do mundo novo é antes de tudo um Observador.
Todo o homem tem um eu de fogo no centro do seu ser, uma chama, um grito de ser puro sob os escombros da mecânica toda.
É este fogo que arde ...é este mesmo fogo que pode... que clarifica e que permite uma nova visão.
Esta mudança de visão não é espetacular nem instantânea; a nova visão aparece gota a gota. Apenas nos damos conta de que é uma nova maneira de ver, passamos por ela sem ver, talvez como o homem das cavernas que passa junto a uma pepita de ouro e a olha um instante porque brilha e depois passa e pergunta -Para que serve o ouro?
Passa e torna a passar cem vezes pelo mesmo ponto insignificante que apesar de tudo brilha um pouco- que tem um não sei o que de particular, antes de compreender que o ouro é o ouro- há que inventar o ouro, há que inventar o mundo inteiro e encontrar o que já está aqui.
A dificuldade não esta em descobrir os segredos ocultos e sim em descobrir o visível, e este ouro insuspeitado entre as trivialidades - na realidade, não há trivialidades somente há inconsciências.
Porem jamais se tem tocado a verdade na matéria, nunca a tocamos aqui, e enquanto isto não ocorra, seguirá sendo o que sempre tem sido, uma brilhante encenação sobre o caos das eras e o mundo continuará dando voltas em vão, acumulando seus descobrimentos que não descobrem nada e seus pseudoconhecimentos que terminam por nos estrangular.
Nossa mecânica é uma confissão de nossa impotência, um inumerável aparato de paralítico para restaurar a nossa incapacidade de ver e de ouvir mais longe, nossa incapacidade para entrar no coração das coisas e para captar direta e imediatamente; não sabemos hoje modificar a matéria com a vontade, iluminar com a consciência e compreender com a visão.
É aqui nesse Planeta Terra, o Lugar escolhido experimental onde a suprema Verdade de todos os mundos escolheu encarnar-se no que parece ser o contrário dela mesma, e em virtude precisamente dessa contrariedade : converter-se em luz total na obscuridade; a amplitude total da pequenez; a imortalidade na morte e a plenitude da vida em cada átomo e em cada instante.
Sós e frente a frente ao mistério da Terra, ficamos para encontrar o poder de Ser, a vibração verdadeira que habita em nós e nos une no mundo; uma primeira visão que é um novo nascimento do mundo, e talvez a promessa de sua transformação. Estamos no fim do mundo mental. Estamos diante da matéria desnudada. Estamos no tempo da grande Invenção.
É no corpo e no cotidiano onde há que transmutar.
A nós cabe colaborar!
E nos encontraremos quase irrisórios para tão fabulosa aventura: que temos?
Um pequeno fogo dentro, cuja meta não conhecemos, porque que arde dentro de nós, acompanha nossos passos, nossos mil passos pela grande mecânica vã.
Um pequeno claro, que às vezes parece tão delicioso, tão ligeiro; e tão frágil no grane barulho vazio.
Isto é tudo o que temos.
É infantil, é transparente, é quase ridículo em meio a pisada dos colossais couraçados da mente. E o que descobrimos?
Um alento, um nada, um grão de ouro que brilha um momento e depois se desvanece. Não há nada de sensacional, é tudo o contrario do sensacional, é microscópico, sem historias, talvez não seja nada e é tudo. É tão fluido como o homem que se inclina pela primeira vez sobre o primeiro rio do mundo e olha uma folha e depois outra na correnteza - de onde vêm? Para onde vão? E esse reflexo momentâneo do céu e esta pequena cascata em seu coração. Porem isto, forma um todo, em uma fração de segundo; Tudo está contido aqui pelos séculos e séculos. Não há mais que uma historia no mundo, não há mais que um momento e um só ser.
4ª regra = cada segundo total e claramente.
É uma longa aprendizagem a Visão nova, não sabemos para onde vamos nem para que serve.
É estar em seu fogo de Ser e contemplar, olhando cada coisa como uma revelação a espera, uma verdade que se esconde; e se nada se revela persiste, observa tudo.
Em lugar de se precipitar sobre o desejável, olha-o passar, olha como ele segue, olha como ele chega, o acolhe, deixa-o depositar sua pequena gota de verdade.
É um olhar sem muros, uma visão que não encadeia, um conhecimento que não agarra nada... tudo passa através, desliza como uma enguia, livre como o vento.
O Buscador toca um mistério... algo que se esconde bem, que não quer se deixar colher nem se meter em um pensamento ou um código mental : uma suprema Cifra que decifra tudo e que representa a chave do mundo novo.
Algo responde...como se o mundo novo estivesse sempre aqui... e é este realmente o signo do mundo novo: o estar aqui.
De fato nós não buscamos, somos buscados, nós não chamamos, somos chamados.
Temos ido às tontas durante tanto tempo que queremos fazer tudo por nós próprios.
Não há que fazer nada! Há que desfazer tudo e deixar passar o mundo novo, deixar fluir seus rios e seus caminhos inesperados sob nossos passos.
Somos uma ferramenta de um Eu Maior, os tradutores de uma maravilha, os transmissores de uma música.... é necessário que o instrumento seja claro. Claro não só na cabeça, há que ser claro em todas as partes.
Um pequeno segundo de abandono..... e entra, está aqui, sorri.... Tudo está aqui!
Tudo toma um novo sentido, é como um sentido total onda cada ínfimo executante tem sua intransferível posição, sua Presença única, sua nota única e seu gesto indispensável.
Un mundo nuevo ha nacido. Um novo mundo está a nascer. Una nueva crisis evolutiva tan radical como debió serlo la primera aberración de lo humano entre los grandes monos. Uma nova crise evolutiva deve ser tão radical como a aberração da humanidade em primeiro lugar entre os grandes símios. OTRA COSA,un nuevo ser, anunciado por Sri Aurobindo, busca encarnarse en
SATPREM nació en París en 1923. SATPREM nascido em Paris em 1923. Comprometido con