21 de fevereiro
O pensamento será sempre limitado pelo pensador que está condicionado; o pensador estará sempre condicionado e nunca livre. Se o pensamento ocorre, imediatamente segue-se a ideia. A ideia para agir necessariamente cria mais confusão. Sabendo de tudo isso, será possível agir sem ideia? Sim, esse é o caminho do amor. O amor não é uma ideia, uma sensação, uma memória, uma sensação de adiamento, um dispositivo de autoproteção. Só podemos ter consciência do caminho do amor quando entendemos todo o processo da ideia. Então, será possível abandonar os outros caminhos e conhecer o caminho do amor, que é a única redenção? Nenhum outro caminho, político ou religioso, vai resolver o problema. Esta não é uma teoria sobre a qual você terá de pensar e adotar na sua vida; ela deve ser real. ...Quando você ama, existe a ideia? Não aceite isso. Apenas olhe para ela, examine-a, penetre profundamente nela, porque todos os outros caminhos nós já tentamos, e não há resposta para a infelicidade. Os políticos podem prometer a felicidade, as chamadas organizações religiosas também, mas não a temos agora, e o futuro é relativamente sem importância quando estou faminto. Já experimentamos todos os outros caminhos, e só poderemos conhecer o caminho do amor se conhecermos o caminho da ideia e a abandonarmos, o que consiste em agir.
Krishnamurti, J. O livro da vida: 365 meditações diárias / J. Krishnamurti; [tradução Magda Lopes]. - 1. ed. - São Paulo: Planeta, 2016.
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