Intuição
A intuição é um poder da consciência que se aproxima muito mais do conhecimento original por identidade, pois é sempre algo que emana diretamente de uma identidade oculta. É quando a consciência do sujeito encontra a consciência do objeto, penetra-a e contempla-a, sente ou vibra em ressonância com a verdade daquilo com que entra em contato, que a intuição fulgura como um relâmpago do impacto desse encontro; ou então quando a consciência, mesmo sem um tal encontro, olha para si mesma e sente direta e intimamente a verdade ou as verdades que lá residem, e assim entra em contato com as forças que se ocultam por trás das aparências - também então ocorre o fulgurar da luz intuitiva; ou ainda quando a consciência encontra a Realidade Suprema ou a realidade espiritual das coisas e dos seres e efetua uma união de contato com essa realidade - também aí a centelha, o raio ou a chama da percepção íntima da verdade se acende em suas profundezas.
Existem intuições aparentes em todos os níveis do ser que não são intuições de maneira alguma, mas comunicações cuja origem, valor e caráter podem ser os mais variados.
A intuição examinada e liberada pela razão deixa de ser uma intuição e só pode ter a autoridade da razão, que não tem nenhuma fonte interior de certeza direta. Mas, mesmo que a mente se tornasse predominantemente intuitiva e tomasse por base de suas operações a sua participação nessa faculdade superior, a coordenação das suas cognições e atividades isoladas - pois na mente estas sempre apareceriam como uma séries de lampejos ligados entre si de maneira imperfeita - continuaria difícil enquanto a mentalidade não estabelecesse uma ligação consciente com sua fonte supra-racional ou não se elevasse a plano superior da consciência no qual a ação da intuição é pura e natural.
A intuição é sempre a ponta, o raio ou projeção de uma luz superior; é em nós uma lâmina que se projeta de uma longínqua supermente.
Fonte: UMA PSICOLOGIA MAIOR - Sri Aurobindo
Existem intuições aparentes em todos os níveis do ser que não são intuições de maneira alguma, mas comunicações cuja origem, valor e caráter podem ser os mais variados.
A intuição examinada e liberada pela razão deixa de ser uma intuição e só pode ter a autoridade da razão, que não tem nenhuma fonte interior de certeza direta. Mas, mesmo que a mente se tornasse predominantemente intuitiva e tomasse por base de suas operações a sua participação nessa faculdade superior, a coordenação das suas cognições e atividades isoladas - pois na mente estas sempre apareceriam como uma séries de lampejos ligados entre si de maneira imperfeita - continuaria difícil enquanto a mentalidade não estabelecesse uma ligação consciente com sua fonte supra-racional ou não se elevasse a plano superior da consciência no qual a ação da intuição é pura e natural.
A intuição é sempre a ponta, o raio ou projeção de uma luz superior; é em nós uma lâmina que se projeta de uma longínqua supermente.
Fonte: UMA PSICOLOGIA MAIOR - Sri Aurobindo
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